Alfa Romeo 164
Alfa Romeo 164 | |||||||
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Visão Geral | |||||||
Nomes alternativos | Alfa Romeo 168 | ||||||
Produção | 1987–1997 | ||||||
Fabricante | Alfa Romeo | ||||||
Montagem | Arese, Itália | ||||||
Modelo | |||||||
Classe | Executivo | ||||||
Carroceria | sedan de 4 portas | ||||||
Designer | Pininfarina | ||||||
Ficha técnica | |||||||
Motor | Gasolina:
Diesel:
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Transmissão | 5 Veloc. Manual 6 veloc. Manual 4 veloc. Automático | ||||||
Layout | FF/F4 | ||||||
Modelos relacionados | Fiat Croma Lancia Thema Saab 9000 | ||||||
Dimensões | |||||||
Comprimento | 1988-1990: 4554 mm 1991-1992: 4557 mm 1993-1994: 4560 mm Super: 4665 mm | ||||||
Entre-eixos | 2660 mm | ||||||
Largura | 1760 mm | ||||||
Altura | 1988-1990 & 1993-1995: 1390 mm Q4: 1356 mm 1991-1992: 1393 mm | ||||||
Peso | 1200 - 1510 kg | ||||||
Tanque | 504 l (133 US-gal)[nota 1] | ||||||
Consumo | 5.8L[nota 1] | ||||||
Velocidade Máx. | 210 km/h (130 mph)[nota 1] | ||||||
Cronologia | |||||||
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O Alfa Romeo 164 é um carro executivo com corpo de berlina, produzido pela fabricante de automóveis italiana Alfa Romeo desde 1988 até 1997.
O 164 foi renomeado como 168 para os mercados de Hong Kong e da Malásia, porque 164 tinha uma conotação muito negativa (em chinês, 164 é um homófono de "todo o caminho para a morte"), enquanto 168 quer dizer exatamente o contrário ("todo o caminho para a prosperidade").[1]
No Brasil, foi importado oficialmente pela FIAT, dona da Alfa Romeo. Chegou aqui em 1990 custando US$ 135.000,00 na versão de entrada, o que proporcionava a seus proprietários um enorme status. Para se ter ideia, com este valor era possível adquirir 5 Fiat Uno CS 1.3 0km. Era um veículo extremamente potente, confiável e com um conforto extraordinário. Infelizmente, a Fiat não soube vender o veículo no Brasil, e acabou deixando os compradores sem assistência, sem peças e sem esperanças. Isso criou uma fama de carro ruim, o que não é verdade. O carro é incrível, mas devem ser analisados os donos anteriores, a manutenção periódica, além da quilometragem e estado geral. Recomenda-se levar um mecânico especializado em Alfas para auxiliá-lo na compra. O preço atual de um 164 em bom estado gira em torno de R$ 18.000,00, desconfie de valores abaixo de R$ 12.000,00, pode ser uma bela furada. Alguns exemplares em perfeito estado podem atingir exorbitantes R$ 30.000,00, com quilometragem baixa, manual, chave reserva, livreto de revisões, documentação vasta, cambio automático, entre outros mimos. Mas opte pelos exemplares de cambio mecânico, pois são menos suscetíveis a problemas, além de proporcionarem mais diversão ao conduzir. O ronco do motor é outro ponto que merece destaque, seus coletores em aço inox conferem um ronco abafado e esportivo, instigando o dono a extrair o máximo de potência do veículo.
Resumo[editar | editar código-fonte]
Revelado pela primeira vez no Salão de Frankfurt de 1987, o 164 podia ser considerado o primeiro da "nova geração" de Alfa Romeos. Foi o último modelo a ser desenvolvido pela marca enquanto era independente (embora tenha sido lançado alguns meses depois da Fiat ter comprado a empresa), e foi sobretudo o primeiro grande Alfa com tracção à frente. O 164 foi essencial ao plano da Fiat para relançar a Alfa Romeo como uma marca de prestígio após o fim dos anos 70 e do início dos anos 80.
O 164 foi a última berlina da Alfa Romeo para ser vendida nos EUA, onde só estava disponível a versão 3.0 V6 (12 válvulas de 1991-1993, 24 válvulas 1994-1995).
Foi muito bem sucedido na Europa, atraindo condutores interessados que queriam uma berlina desportiva confiável e com preço acessível como alternativa às ofertas alemãs da BMW e da Mercedes.
O 164 foi descontinuado e substituído pelo 166 em 1998. 273,857 unidades foram produzidas.[2]
Design[editar | editar código-fonte]
O Alfa Romeo 164 foi desenhado pela Pininfarina, pouco depois de completarem o Ferrari Testarossa. Pode-se ver que o 164 partilha várias ideias de design com o Ferrari que é expressa como uma berlina de quatro portas. Em termos de património, o design é também a extensão lógica e sucessor do Alfetta, particularmente o último modelo "nariz comprido, faróis quadrados".
O 164 foi o primeiro Alfa a ter um uso extensivo de desenho assistido por computador para calcular tensões estruturais, resultando numa carroçaria muito rígida, mas relativamente leve. O 164 foi a base para o chassis Tipo Quatro, que partilha com o Lancia Thema, Fiat Croma e Saab 9000. Sendo o último a chegar ao mercado, a carroçaria do 164 era a mais aerodinâmica e tinha um perfil marcadamente mais liso e um menor coeficiente de arrasto. Em ordem para permitir esta variação de design, uma suspensão dianteira exclusiva foi desenvolvida.
O Alfa Romeo 164 foi o primeiro Alfa Romeo "nova tecnologia" e a base tecnológica e de estilo de todos os Alfa Romeo actuais.
O 164 também introduziu qualidade de construção dramaticamente melhorada em relação aos Alfas anteriores, contendo um armação de aço galvanizado e painéis de carroçaria variados pela primeira vez, acabando com a queixa mais comum dos clientes da Alfa sobre problemas de ferrugem encontrada em modelos antigos como o Alfasud e o GTV.
Embora alguns puristas temeram a perda de carácter graças à adopção de tracção às rodas dianteiras pela primeira vez numa berlina de topo da Alfa, o carro provou-se a si mesmo como confortável ao mais alto nível, com um carácter desportivo distinto, de acordo com a tradição da marca. De facto, a imprensa motorizada da altura disse que a sua única falha era alguma viragem feita pelo torque, particularmente nas versões anteriores.
O 164 foi desenhado para competir no segmento de carros executivos dominados pelo BMW Série 5[3] e pelo Audi 100. Oferecia melhor relação qualidade-preço em termos de tecnologia (tendo três computadores de bordo, um para o ar condicionado, um para a instrumentação e um para a gestão do motor;o ar condicionado e as funções dos instrumentos partilhavam um microcontrolador classe Z-80 codificado com múltiplos modos para o funcionamento do painel de instrumentos). A direcção do ar no sistema de ventilação era controlada por um par de servomecanismos, que foram construídos usando peças de plástico notoriamente frágeis que eram propensas a falhas; possíveis custos altos das partes do carro fora aliviados com as partes comuns do 166. Pelo menos uma empresa de revenda também desenvolveu engrenagens de metal de substituição, que elimina o problema ruptura.
O carro tinha algumas características avançadas para a sua altura, como controlo climático automático e suspensão de amortecimento controlada electronicamente (nos modelos topo de gama Cloverleaf e 164S). A suspensão reduzia activamente o amortecimento em resposta às condições para fornecer um compromisso dinâmico entre aderência à estrada e conforto. O 164 também possuía motores classificados como os melhores da indústria na altura, e os desenhos básicos dos motores foram usados pela Alfa Romeo até há pouco tempo pela Alfa Romeo em toda a sua gama de modelos.
Alfa Romeo Q4[editar | editar código-fonte]
Em 1993 a Alfa introduziu uma variante com tracção às quatro rodas chamada Q4 (abreviatura para Quadrifoglio 4), que estava equipado com uma versão ainda mais potente do motor 3.0 L V6. O sistema 4x4 do Q4 (Viscomatic) foi co-desenvolvido pela companhia austríaca Steyr-Puch.[4] O sistema era muito avançado em comparação com os outros sistemas 4x4 da altura. O sistema consistia nma unidade de acoplamento viscoso, diferencial central epicíclico e diferencial Torsen na traseira. O sistema todo é conectado às unidades ABS e Motronic. A potência conduzida ao eixo traseiro é variável continuamente de 0 a 100%, por isso o carro pode ter inteiramente tracção às rodas dianteiras ou traseiras, dependendo das condições. O torque é distribuído entre os eixos dependendo da velocidade, eixo de viragem, rotações por minuto do motor, posição do acelerador e paramétricos do ABS. Este modelo estava equipado caixa de velocidades manual de 6 velocidades.
Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]
O desenvolvimento do 164 foi de longe, o mais exigente de todos os automóveis fabricados pela Alfa Romeo, e estabeleceu o padrão pelo qual os outros fabricantes europeus seriam medidos.
- Os testes iniciais dos elementos dinâmicos do 164 começaram em 1984, onde os Giuliettas foram usados como mulas de teste para os motores e transmissões. Falhas de condução iniciais foram eliminados na pista de testes da fábrica em Arese.
- Em 1985, os primeiros 164 de pré-produção foram postos em estrada. Disfarçados, com muitos painéis falsos e um falso desenho de nariz (emprestados do igualmente subdesenvolvido 155), ostentando quatro faróis redondos, estes veículos de teste serviram para testar o 164 para o exaustivo milhão de quilómetros e testes rodoviários exigidos pelo design.
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